quinta-feira, 30 de setembro de 2010




Arcadismo no Brasil

O Arcadismo desenvolveu-se no Brasil do século XVIII e se prendeu ao estado de Minas Gerais, onde se havia descoberto ouro, fato que marcou o local como centro econômico e, portanto, cultural da colônia portuguesa.

No apogeu da produção aurífera, entre as décadas de 1740 e 1760, Vila Rica (hoje Ouro Preto) e o Rio de Janeiro substituíram a cidade de Salvador como os dois pólos da produção e divulgação de idéias.

Os ideais do Iluminismo francês eram trazidos da Europa pelos poucos membros da burguesia letrada brasileira - juristas formados em Coimbra, padres, comerciantes, militares.[1]

Alguns autores destacados desse momento são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e José de Santa Rita Durão.

O Arcadismo, também chamado Neoclassicismo, terminou em 1836, no Brasil, e abriu as portas para o Romantismo.




ARCADISMO


O Arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, razão por que também é denominada como Setecentismo ou neoclassicismo. O nome "Arcadismo" é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.

A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do Arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais graciosos.

Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime.

Adicionalmente os burgueses cultuam o mito do homem natural em oposição ao homem corrompido pela sociedade, conceito originalmente expresso por Jean-Jacques Rousseau, na figura do “bom selvagem”.

O século XVIII, também referido como “Século das Luzes”, representa uma fase de importantes transformações no campo da cultura europeia. Na Inglaterra e na França forma-se uma burguesia que passa a dominar economicamente o Estado, através de um intenso comércio ultramarino e da multiplicação de estabelecimentos bancários, assenhoreando-se mesmo de uma parte da atividade agrícola. Paralelamente, a antiga Nobreza arruína-se, e o Clero, com as suas intermináveis polêmicas, traz o descrédito às questões teológicas. Em toda a Europa a influência do pensamento Iluminista burguês se alastra.

Esse período de renovação cultural que se caracteriza, em linhas gerais, pela valorização da Ciência e do espírito racionalista. O método experimental desenvolve-se; a análise crítica dos valores sociais e religiosos aguça-se, provocando polêmicas; há uma grande confiança na capacidade do homem em promover o progresso social (crença em que o bem-estar coletivo só pode advir da razão), e a tendência de libertar o universo cultural da influência da religião acentua-se cada vez mais.

Na França, em 1751, começam a ser publicados os volumes da Enciclopédia, que reunia pensadores como Voltaire, Diderot, D'Alembert, Montesquieu, Rousseau, e que pode ser considerada o símbolo da nova postura intelectual.

A segunda metade do século é marcada pela Revolução Industrial na Grã-Bretanha, pelo aumento da urbanização de modo geral, e pela independência dos Estados Unidos (1776). Esta, por sua vez, irá inspirar movimentos de revolta em muitas colônias da América Latina como por exemplo a Inconfidência Mineira, no Brasil.

Na Itália essa influência assumiu feição particular. Conhecida como Arcadismo, inspirava-se na lendária região da Grécia antiga. Segundo a lenda, a Arcádia era dominada pelo deus e habitada por pastores que, vivendo de modo simples e espontâneo, se divertiam cantando, fazendo disputas poéticas e celebrando o amor e o prazer.

Os italianos, procurando imitar a lenda grega, criaram a "Arcádia" em 1690 - uma academia literária que reunia os escritores com a finalidade de combater o Barroco e difundir os ideais neoclássicos. Para serem coerentes com certos princípios, como simplicidade e igualdade, os cultos literatos árcades usavam roupas e pseudônimos de pastores gregos e reuniam-se em parques e jardins para gozar a vida natural.

Em Portugal e no Brasil, a experiência neoclássica na literatura deu-se em torno dos modelos do Arcadismo italiano, com a fundação de academias literárias, simulação pastoral, ambiente campestre, etc.

Características do Arcadismo

O Arcadismo constitui-se em uma forma de literatura mais simples, opondo-se aos exageros e rebuscamentos do Barroco, expresso pela frase "Inutilia truncat" ("cortar o inútil"). Os temas também são simples e comuns aos seres humanos, como o amor, a morte, o casamento, a solidão. As situações mais freqüentes apresentam um pastor abandonado pela amada, triste e queixoso. É a "Aurea mediocritas" ("mediocridade áurea"), que simboliza a valorização das coisas cotidianas, focalizadas pela razão.

Os autores retornam aos modelos clássicos da Antiguidade greco-latina e aos renascentistas, razão pela qual o movimento é também conhecido como neoclássico. Os seus autores acreditavam que a Arte era uma cópia da natureza, refletida através da tradição clássica. Por isso a presença da mitologia pagã, além do recurso a frases latinas.

Inspirados na frase do escritor latino Horácio "Fugere urbem" ("fugir da cidade"), e imbuídos da teoria do "bom selvagem" de Jean-Jacques Rousseau, os autores árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica, pastoril, do "locus amoenus", do refúgio ameno em oposição aos centros urbanos dominados pelo Antigo Regime, pelo Absolutismo monárquico.

Cumpre salientar que essa busca configurava apenas um estado de espírito, uma posição política e ideológica, uma vez que esses autores viviam nos centros urbanos e, burgueses que eram, ali mantinham os seus interesses econômicos. Por isso justifica falar-se em "fingimento poético" no arcadismo fato que transparece no uso dos pseudônimos pastoris.

Além disso, diante da efemeridade da vida, defendem o "Carpe diem", pelo qual o pastor, ciente da brevidade do tempo, convida a sua pastora a gozar o momento presente.

Quanto à forma, usavam muitas vezes sonetos com versos decassílabos, rima optativa e a tradição da poesia épica.


sexta-feira, 18 de junho de 2010


Pintura Barroca

Literatura: é arte ,musica ,poesias e etc...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cantigas de amor trovadoresca

Senhora, meus olhos sem destino Vagam sem luz e voz em desatino. E morrem sem formosura, sem flor, No mar cego e trôpego de meu calor. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor? E eu que me perco em sofrimento, sou o Vento que beija teus cabelos, Senhora. Sou a imorredoura brisa que abraça o Teu céu, sou o teu cativo jogado ao léu. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor? E já que o amor não me sorri, já que não Posso possuir esta bela delicadeza, erro E sou errante vagando em desilusão, em Desterro,cego em meu coração de dor. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor?
Senhora, meus olhos sem destino Vagam sem luz e voz em desatino. E morrem sem formosura, sem flor, No mar cego e trôpego de meu calor. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor? E eu que me perco em sofrimento, sou o Vento que beija teus cabelos, Senhora. Sou a imorredoura brisa que abraça o Teu céu, sou o teu cativo jogado ao léu. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor? E já que o amor não me sorri, já que não Posso possuir esta bela delicadeza, erro E sou errante vagando em desilusão, em Desterro,cego em meu coração de dor. Ó olhos meus onde estará ela que não Vem à janela iluminar-se em esplendor?







quinta-feira, 10 de junho de 2010

Humanismo: Se estende do século XVao XVI.

Renascimento: Para a mentalidade medieval a desigualdade proporcional era um bem e não uma injustiça, pois era baseada não no amor próprio, mas na humildade de reconhecer as carencias individuais de cada um e a superioridade de outros. De maneira que a regra é a admiração às superioridade de cada um (pois cada pessoa representa em um si algo da perfeição de Deus e representa esta perfeição melhor do que qualquer outra).

Os estilos de época na Era Medieval



Trovadorismo : Se estende do século XII ao inicio do século XV, quando o Portugal inicia sua aventura marítima. Esse período tripicamente, reflete uma sociedade feudal organizada a partir das relações de valssalagem.
A língua : A língua falada nas regiões romanizadas era o Latim vulgar, dele que se originou a língua portuguesa.
As cantigas trovadorescas : Existem dois tipos, as Líricas e Satíricas
.
Líricas : de amor e de amigo.
Os homens cantavam as canções de amor, e as mulheres de amigo, mas todas eram escritas pelos homens.
Satíricas : de escárnio e de mal dizer.
Naquela época os homens eram muito machistas.